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Notícia


 24/09/2012 | ECONOMIA

Estimativa de inflação no Brasil sobe pela décima vez seguida

A projeção de analistas de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para este ano, passou de 5,24% para 5,26%. Para 2013, houve ajuste de 5,54% para 5,5%.

O IPCA é o índice escolhido pelo governo para acompanhar a meta de inflação. Essa meta tem como centro 4,5% e margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, as estimativas para o IPCA estão acima do centro da meta, mas abaixo do limite superior de 6,5%.

A meta de inflação é um alvo do Banco Central que usa, como um dos instrumentos para calibrar os preços e influenciar a atividade econômica, as alterações na taxa básica de juros, a Selic. A taxa vem sendo reduzida desde agosto de 2011 e está, atualmente, em 7,5% ao ano.

Para este ano, os analistas mantêm a projeção de mais um corte na taxa, de 0,25 ponto percentual, na reunião marcada para o próximo mês. Para a última reunião de 2012, em novembro, não há previsão de redução da Selic. Para 2013, a expectativa é que a taxa suba, e encerre o período em 8,25% ao ano.

A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 4,31% para 4,37%, este ano, e de 4,8% para 4,83%, em 2013.

IGP-10 cai

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) chegou a 1,05% em setembro deste ano, taxa inferior à registrada em agosto, que foi de 1,59%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-10 acumula taxas de 6,6% no ano e de 7,95% nos últimos 12 meses.

A queda no ritmo da inflação foi puxada pelos subíndices de Preços ao Produtor Amplo e de Custo da Construção. O Índice de Preços ao Produtor Amplo teve inflação de 1,4% em setembro, ante os 2,21% de agosto.

O Índice de Custo da Construção variou 0,17% em setembro, abaixo do resultado do mês anterior, que foi de 0,49%. A queda foi influenciada pelo comportamento dos materiais e equipamentos de construção, cujo índice passou de 0,47% em agosto para 0,35% em setembro.

O subíndice de Preços ao Consumidor apresentou alta na taxa, já que a inflação subiu de 0,29% (agosto) para 0,42% (setembro). A alta foi puxada pela classe de despesas de transporte, entre outras, que passou de uma deflação (queda de preços) de 0,44% em agosto para uma inflação de 0,07% no mês seguinte. O IGP-10 foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 de agosto e 10 de setembro.

A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu de 8,44% para 8,51%, este ano, e de 5,06% para 5,11%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção subiu de 8,21% para 8,36%, em 2012, e de 5% para 5,24%, em 2013.

A estimativa dos analistas para os preços administrados foi mantida em 3,5%, neste ano, e ajustada de 4,3% para 4,2%, em 2013.