Até o próximo mês de agosto, estados e municípios brasileiros precisam entregar 
ao governo federal um plano de manejo de resíduos sólidos urbanos, como condição 
para que a União libere recursos. A determinação é do Plano Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS – lei nº 12.305, de 2010), regulamentada pelo presidente Lula em 
dezembro de 2010 (Dec. 7404), que prevê ainda a necessidade de formação de 
consórcios públicos para a obtenção dos incentivos do governo 
federal.
Estudos revelam que o Brasil produz diariamente cerca de 150 
toneladas de lixo e que a maior parte é jogado, sem tratamento, em lixões a céu 
aberto, gerando um ambiente favorável à proliferação de artrópodes, roedores e 
insetos, dentre uma série de organismos todos transmissores de doenças ao ser 
humano. O lixo, disposto de forma inadequada, sem qualquer tratamento, polui o 
solo, alterando suas características físicas, químicas e bacteriológicas, 
constituindo-se em um problema de ordem estética e, mais ainda, em uma séria 
ameaça à saúde pública.
O presidente da UPB, Luiz Caetano, aconselha os 
prefeitos que para a implantação de Aterros Sanitários os municípios busquem a 
alternativa de Consórcio Municipal como forma de atender a Lei, “ pois o custo 
de uma obra desta está fora da realidade econômica dos municípios baianos”, 
destacou Caetano.
Engajados nessa iniciativa de mobilizar os prefeitos 
baianos a implementarem medidas que garantam melhor tratamento do lixo que a 
União dos Municípios da Bahia (UPB) tem participado de diversos eventos, como o 
que aconteceu no dia (09/07) em Feira de Santana, onde foram discutidos temas 
referentes aos lixões e Consórcios Públicos.
FIM DOS LIXÕES - A lei 
também prevê o fim dos lixões a céu aberto até 2014, que coincidirá com o evento 
da Copa do Mundo, onde todos estarão com os olhos voltados para o Brasil. Não 
foi por menos que a Lei determina que o Plano Municipal de Gestão de Resíduos 
Sólidos estabeleça e identifique, entre outros, o local ambientalmente adequado 
para instalação de Aterro Sanitário.
Essa iniciativa não só discute a 
questão política do tratamento que vem sendo dado pelo governo aos resíduos 
sólidos, mas também os efeitos econômicos que a indústria da reciclagem tem na 
economia do Estado. O lixo que a sociedade descarta pode se transformar em fonte 
de emprego e renda, além de gerar energia e benefícios para a agricultura. Com o 
processo de reciclagem de materiais como papel, plástico e vidro, o lixo passa a 
ser fonte de recursos. Até mesmo o material orgânico pode se transformar em 
adubo e ser aproveitado na agricultura.
O lixo tem que passar a ser visto 
como uma solução para os problemas e não como um problema. Solução para os 
gastos desnecessários que poderiam ser evitados com a reciclagem de materiais, 
para os catadores e guarnições que deixarão de ficar expostos aos riscos 
inerentes dessa situação, implantando assim cooperativas de catadores de 
recicláveis. Promovendo a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade 
de vida de toda a população