18/04/2013 | UTILIDADE PÚBLICA
Governo amplia para 22 o número de armazéns para venda de milho subsidiado na Bahia
A Bahia, que possui mais de 30 milhões de hectares inseridos na
região semiárida, contava com apenas cinco armazéns da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), realizando a venda balcão do milho, a preço subsidiado
pelo governo. A partir de um esforço do governo do Estado, em especial das
secretarias da Agricultura, Casa Civil, Desenvolvimento e Integração Regional
(Sedir/CAR), em parceria com diversas prefeituras e com a decisão da Conab,
através da superintendência na Bahia e da diretoria em Brasília, o número de
armazéns saltou para 22.
De acordo com o
secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, a concentração
dos armazéns em poucos municípios dificultava a vida do criador. “Alguns
criadores que precisavam adquirir 10 sacos de milho tinham que percorrer até
500 km, uma situação difícil e que nós precisávamos resolver com a instalação
de novos pólos de venda”, explicou.
Diante da situação,
o governo baiano se empenhou, no ano passado e início deste ano, para conseguir
acrescentar mais oito pólos, com o apoio das prefeituras municipais, que já
estão em funcionamento em Juazeiro, Paulo Afonso, Conceição do Coité,
Itaberaba, Feira de Santana, Jequié, Guanambi e Vitória da Conquista. Na semana
passada, a partir de um estudo que a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia
(Adab) fez para identificar a redução das distâncias para o produtor, a partir
das demandas e rebanhos, foram criados mais nove pólos nas cidades de Remanso,
Chorrochó, Ponto Novo, Jacobina, Baixa Grande, Amargosa, Maracás, Paramirim e
Bom Jesus da Lapa. Além disso, o armazém de Feira de Santana será ampliado.
Com os novos pólos,
o secretário Eduardo Salles acredita que haverá maior dinamização na venda do
milho, que poderá ser adquirido em algum dos 22 armazéns gerenciados pela
Conab. No mercado, a saca do milho sem subsídio é vendido entre R$ 40,00 e
50,00, enquanto a saca subsidiada custa R$ 18,12.
Para o secretário
Eduardo Salles, a velocidade com que o milho chegará à Bahia acontecerá de
forma mais satisfatória. “O milho que vinha para o Nordeste era oriundo dos
armazéns do Centro-Oeste do país, localizados em Goiás, Mato Grosso. Além de
ser longe, uma viagem demorada, os motoristas de carretas não queria fazer o
transporte. A partir dos leilões que serão realizados esta semana, uma parte do
milho chegará ao porto de Salvador para depois ser distribuído, dando
celeridade maior e a outra, 60 mil t, virá ensacada, mas será comprada já do
Oeste da Bahia e da região do "Mapitoba", que reúne a primeira sílaba
dos estados que a compõem: Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, onde a colheita
do milho já foi iniciada”, disse.
Leilões - Nos dias
17 e 19 deste mês, a Conab realiza dois leilões de compra de milho para
atendimento aos produtores e criadores rurais da região Nordeste. No leilão do
dia 17, a Conab disponibilizou para compra 103 mil toneladas de milho a granel,
20 mil das quais chegarão a Bahia por via marítima, sendo desembarcadas no
Terminal Portuário de Cotegipe. A operação seguirá o modelo anunciado pela
presidente Dilma Rousseff e definido na Medida Provisória Nº 610, de 2 de abril
de 2013. O documento estabelece que o produto deverá ser adquirido a granel e
entregue pelo vendedor em cinco portos do Nordeste.
Pela medida
provisória, ficou determinado o repasse do milho adquirido para os governos
estaduais, que venderão diretamente aos produtores. O governo da Bahia ficará
responsável pelos custos de remoção, ensacamento, distribuição e outros
necessários ao cumprimento da destinação. Até 50% dos recursos recebidos com a
venda do milho repassado poderá ser destinado ao pagamento dos custos de
comercialização. A diferença entre a arrecadação e os custos será destinada
para ações de apoio aos pequenos criadores, com insumos complementares ao milho
na alimentação animal.
Já no leilão do dia
19, serão colocados à venda 70,3 mil t de milho em grãos ensacado. Este será
mais um dos leilões previstos pela Portaria Interministerial n° 115, que prevê
a compra de 300 mil toneladas de milho para reabastecer estoques do Programa de
Venda em Balcão. O produto será destinado a pequenos criadores de aves, suínos,
bovinos, caprinos e ovinos, sediados nos municípios da área de atuação da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que utilizam o grão
na ração animal. Poderão participar do leilão produtores rurais, cooperativas e
comerciantes devidamente cadastrados na base de dados da Conab e que atendam a
todas as exigências necessárias. (Fonte: Imprensa Seagri)